Por Oliveira em 22/07/2021
Identificando relações tóxicas e abusivas

Ter que lidar com um relacionamento tóxico não é fácil, mas o grande problema é que nem sempre identificamos os sinais do problema. Uma implicância dali, uma insegurança de cá e, de repente, o relacionamento se torna uma grande prisão que não conseguimos escapar.

O grande problema em tudo isso é normalizar situações nocivas para o relacionamento. Você pode estar se perguntando “Como assim, Dra. Ivanilda?”, mas pode deixar que eu explico.

 

Normalizando o Problema

Primeiro, precisamos definir e diferenciar o que é cuidado e o que é opinião ou atitude tóxica, pois há uma linha tênue entre eles.

Quando uma amiga diz “olha, essa roupa não ficou boa, outra peça pode ficar melhor”, podemos ver uma demonstração de cuidado, afinal, essa pessoa deu uma opinião sútil e que pode te ajudar a se adequar à ocasião.

Ainda na mesma situação, vamos imaginar que a amiga não gostou e fez questão de expor a opinião, “doa a quem doer”. Criou uma comparação com pessoas, animais ou objetos; ressaltou suas falhas; contou o quanto a roupa é horrível; que você vai causar uma péssima impressão; entre outros comentários.

Tendemos a nos convencer que a ação é normal, que “é só a personalidade dela(e)”, pois conhecemos a pessoa desde pequena e sabemos que ela é assim mesmo. Assim, nos culpamos pois “ele(a) tem mesmo razão”. Acabamos de normalizar uma situação que nos afetou emocionalmente, uma atitude tóxica que está longe de ser um cuidado.

 

Os efeitos da toxicidade

Quando não entendemos a atitude como ruim, como uma atividade tóxica, aceitamos os fatos da situação. Por consequência, uma vez que não sou “x” ou não faço “y”, me sinto culpada, aceito a crítica e acredito ser merecedora de tal agressão. Muito triste, não é verdade?!

Por outro lado, uma vez que o agressor não entende seus atos como errados, continua com seus acessos de raiva excessiva, ciúmes, faz comentários depreciativos, controla a atitude alheia e agride a vítima verbalmente ou fisicamente. Por fim, pede desculpas pelo o que fez, cria promessas, expectativas, mas volta as atitudes negativas. Por quê? Porque ele entende suas ações como normais e até encontra justificativas para elas, como o famoso “estava de cabeça quente, acontece”.

Apesar do relacionamento tóxico ser mais frequente na vida a dois, pode surgir em qualquer relação, até dentro do escritório. A longo prazo, essa toxicidade pode causar desgaste e danos à vítima, que não consegue se expressar e acaba agravando quadros de fobia social, ansiedade e depressão.

 

Estou em um relacionamento tóxico, o que fazer?

Primeiro, fico feliz por saber que você identificou o problema. Muitas pessoas possuem dificuldade para encontrar o problema sozinhas, dependem do apoio de amigos, colegas ou de um profissional, mas uma vez que identificamos a situação, é hora de buscar a solução.

Reconhecendo o problema, pare de encarar esse relacionamento como única coisa que nos resta no mundo. Não, está longe disso. Procure se afastar de pessoas ou lugares que afetam a sua saúde mental negativamente. Caso o problema seja no escritório, procure pelo suporte do Recursos Humanos, de outros sócios, busque novas oportunidades ou, em casos graves, denuncie. O mais importante é manter distância dessas situações.

Em caso de violência doméstica, não hesite em denunciar o agressor ao número 180 - ajuda a mulheres, vítimas de violência doméstica. Você pode conhecer os detalhes da Lei Maria da Penha no site do Governo do Brasil.

E, claro, invista em você. Procure ocupar a mente com novas atividades, novos círculos sociais e faça uma terapia para lidar com o luto do término do relacionamento. 

Dentro da hipnose clínica, identificamos a raíz do problema, ressignificamos as situações ruins e trabalhamos nossas emoções, autoconhecimento e autoestima. Quer conversar mais sobre o assunto? Marque uma visita ao nosso consultório ou faça a terapia a distância, é só clicar aqui para agendar uma sessão conosco agora mesmo.

 

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